terça-feira, 21 de dezembro de 2010

mais palavras pra ti

Sempre tive medo de demonstrar sentimentos demais e rachar a cara. Talvez agora, que eu tenha chegado ao limite, já não faça mais a menor diferença. Gosto, me atrevo a dizer que amo, dentro do que conheço de sentimentos do auge dos meus 18. Não acho que exista tempo para as coisas, logo, não acredito em tarde demais, ou em felizes para sempre. Acredito no que faz bem agora. Devia estar cansada de seguir tentando te persuadir, mas no fundo, queria mesmo que tu também sentisses saudade. Não do que foi ruim, do que foi bom. Das implicâncias, das camas dividas, dos telefones e das mensagens, dos beijos e dos abraços, dos banhos de chuva e de sol. Confesso sentir saudade do ruim também. Das brigas que quando resolvidas nos faziam tão bem. É tão bom brigar sabendo que nos gostamos o suficiente para fazer as pazes. Bateu um medo dos teus sentimentos não serem recíprocos por aqui, mas eu devia continuar escrevendo. Talvez eu goste de ti mais do que tenha conseguido demonstrar com receio de te invadir. Não consegui sublimar minha melancolia nas palavras ainda, acho que eu não vou conseguir nunca. Queria companhia para o almoço. Que alguém pegasse talheres e me esperasse na mesa, rindo da minha falta jeito ao me equilibrar com o prato. Que ao sair tivesse que disputar uma mão com um copo de café e um cigarro. E que ao chegar, pudesse fazer o que eu mais tenho vontade agora, relaxar do teu lado.

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