quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Essa coisa de paixão já nem existe mais no meu vocabulário, ou será que existe? De qualquer jeito, não é isso que eu sinto em relação a ti. Só sinto vontade de conversar. De repente eu acho que é de ti que vem coisas legais. A verdade é que eu gosto de dividir minhas tensões com gente doce. E no entanto, tenho tanto medo de ti que acabo não dividindo nem olhares. Tenho um sincero medo que tu ache que eu confundo as coisas e resolva se afastar de mim. Óbvio que eu tenho medo de confundir as coisas. Da primeira vez, eu podia, mas agora não me sinto podendo mais. Da primeira vez, era diferente. Tudo era muito novo, inclusive eu. Eu era uma mimosa, cheia de sorrisos e coisas boas. Não sei em que altura do campeonato eu virei tão medrosa e complexada, isso não eram características minhas daquela época. E imagino eu, que elas devem fazer toda a diferença, mas pensar isso faz parte do medo todo. Não ando numa fase muito legal comigo mesma, não me acho boa o bastante. Queria entender por quê. Sempre acho que tu poderia me ajudar, mas talvez, tu seja um dos grandes motivos. Aparece vai, eu pareço não me importar, mas me consome. Me senti caindo num clichezão barato, mas tenho dúvidas se a culpa foi tua ou minha. Fui consumida por uma onda de timidez que deixo tudo mais difícil. Louca. Louca. Louca.
De qualquer jeito, essa minha insegurança toda anda me atrapalhando muito, eu não sou assim. Eu não era assim. Mas e tu? Segue sendo o mesmo? Não consegui descobrir. Às vezes eu acredito mesmo que eu te inventei. Se sim, eu não queria que essa invenção tivesse desmoronado.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

E dizer que eu me sinto confusa é pouco. Tudo aconteceu ao mesmo tempo, e eu me sinto em uma sinuca de bico. Conhece a expressão? É quando a gente se pega decidindo entre o ruim e o pior, mas não sabe qual deles é menos horrível. Me vi encarando um problema tão maior que eu. Acho que uma das grandes qualidades de alguém, é perceber quais são os seus limites. E apesar de querer supera-lo, eu acho que eu já cheguei no meu. Isso significa, que talvez, essa briga venha me fazer bem mal, e que dentro de mim pisca um alerta, sem força.
Mais do que um alerta, é um pedido de auto piedade. Admitir que eu tenho dezoito anos e que o mundo devia ser leve e feliz. E que ele não tá nem um pouco longe disso. E que quem sabe, esse meu profundo desejo de ser a salvadora da pátria, acabe só me deixando muito chateada, afinal, eu não posso salvar ninguém que não seja eu mesma.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Cá estava eu passando essa tarde de sábado nebulosa em casa, pensando na noite que virá. Sabe, faz uma semana que eu sei o que que eu vou fazer hoje a noite. E eu estava aqui pensando no que eu poderia vestir, quando veio aquele sentimento de medo dessa noite. Hoje em dia todo mundo tem medo de planejar coisas, de criar expectativas. Prefere fazer decisões impulsivas em cima de momentos, com medo da decepção. Sabe, acho que de verdade, criar expectativas positivas parece legal. Parece legal querer que a noite seja bacana. A gente não devia ter medo de fazer do nosso dia algo bom. Afinal, me parece que nutrir sentimentos negativos em relação a algo, pra não se decepcionar, não é uma boa maneira de tornar algo agradável. Então, não tem medo! Coloca energias positivas, planeja a roupa, o penteado, a companhia e quanto chegar lá curti. Faz a tua noite valer a pena, porque eu vou fazer a minha!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

“Deitei a cabeça no travesseiro pensando em todo o peso que eu sentia sobre o meu coração naquela noite chuvosa. Pensando em todos esses medos que pairavam sobre minha cabeça. Então, veio aquele sentimento reconfortante de sentir o mundo lindo. Como é bom ter perto quem sente o mundo bonito. Colorido. Eu te peço, não te enche de rancor. Lembra do quanto as pessoas podem ser sorridentes, os lugares podem ser reconfortantes e as músicas podem ser agradáveis aos ouvidos. O quanto livros podem ser emocionantes, caminhadas podem ser excitantes e conversas carinhosas. Se tu te encher de mágoas, o que vai ser de mim que te admiro tanto? Que não preciso que tu me aceite, porque tu não precisa me aceitar. Que não me esforço pra ser nada, porque não acho que é o que tu quer que eu faça. Não te conheço o suficiente pra saber do que tu gosta, só gosto dessa tua mania de achar tudo tão lindo.”

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

em cadeia

Dizer que eu ando refletindo, por aqui não é nenhuma novidade. A coisa tem se expandido bastante, mas não sai da volta do meu umbigo. Devia sair né? Eu às vezes queria me sentir mais desimportante pra mim, mas morro de raiva quando eu esqueço de mim. Devia ser uma questão de equilíbrio, mas pode ser que seja só uma tendência libriana achar que ficar em cima do muro resolve alguma coisa. Quem ta em cima do muro, nunca cai pra lado nenhum. Então acaba não sendo amigo de menos, nem demais. Nem estudioso de menos, nem demais. Nem artista de menos, nem demais. Vira um bonzinho chato numa história babaca. Que não gosta de menos, nem demais.Viver as coisas com mais intensidade é difícil. Sabe, eu sou ponderada. Bem mais do que eu gostaria. Sou do tipo que finge coisas pra sair bem, mas isso é uma grande hipocrisia. Não, não finjo coisas ruins, finjo que não gosto por exemplo. Gostar das coisas, devia ser algo bom, que devia fazer a gente se sentir bem. Bom, eu guardo bem lá no fundo. No fundo eu sou uma grande medrosa, que se faz de corajosa na hora de aconselhar os queridos. Se eu seguisse metade das boas conversas que eu tenho com quem eu gosto tanto, eu ia fazer um bem enorme a mim mesma. Eu sei disso, mas na prática não é tão fácil. Acho que sou secretamente tomada por um desejo de auto mutilação, que faz com que eu fique presa nas teias da minha própria melancolia. Sou perseguida pelo meu próprio terrorismo, e começo a acreditar de verdade, que essa energia toda vem de quem faz eu me sentir bem, e daí, começo a me sentir mal. É tudo um ciclo vicioso, criado pela minha cabeça doentia, e que eu luto incansavelmente pra parar. To chegando perto dessa pausa, eu sinto isso.