domingo, 12 de fevereiro de 2012

Sem você, o tempo é todo meu.

O título é uma citação do Chico Buarque e a frase que caiu como uma luva nas últimas semanas. Não foram semanas de grande reflexão, eu não tinha o que pensar, nem queria, nem quero ainda. Nem sei bem porque eu to escrevendo, acho que é uma tpm cretina que tá me trazendo esse instindo que, confesso, eu andava evitando. Não querendo trazer a tona tudo que eu ando sentindo, porque eu ando tentando não sentir, sabe? Não sentir é quase como não pensar, quase um exercício, mas eu tenho praticado. Eu tenho trabalhado, dormido, assistido filmes e tentado focar as conversas na vida dos outros.
Mas enfim, dentro dos espaços de tempo em que isso não foi possível eu me peguei pensando em mim. Finalmente em mim. Não no que eu sinto em relação a outra pessoa ou a outras pessoas, mas o que eu sinto por mim mesma e fiquei um pouco decepcionada quando percebi que não tava rolando "aquele feeling". Era só vazio, me perdi dentro de mim eu acho. Me perdi dentro dos meus próprios sentimentos e dentro da minha sede por outra pessoa. Quase me abandonei. Não, não precisamos exagerar mas poxa, me decepcionei.
A coisa deixou de ser só desconforto pela minha aparência que não andava me agradando, mas com as atitudes que eu andava tendo, pelos meus sentimentos por mim mesma.
Sabe, eu declaro pra todo mundo que ninguem gosta de alguém que não se gosta e ai, me peguei não me gostando.
Eu ainda não sei muito bem como reverter esse quadro, ainda que nas duas últimas semanas eu tenha me esforçado mais e tenha gostado um pouco dos resultados. Não dá pra mudar da água pro vinho sabe? Nem é assim que funciona. Ainda nem consegui ponderar direito exatamente o que me incomoda. Quer dizer, na verdade é simples, a minha falta de amor próprio. Eu tenho uma insegurança (com o perdão das palavras) filha da puta. Eu não consigo enxergar coisas boas em mim na maior parte do tempo e isso é muito chato. Sinto como se tudo que eu fizesse não fosse bom o suficiente e eu podesse fazer melhor. Parece que existe uma preguiça assombradora dentro do meu corpo de fazer a minha vida andar. Eu não sei direito, só sei que tá na hora de fazer alguma coisa né?
Eu sei la, vou tentar uma busca por coisas que me fazem feliz. Procurar livros que me tragam conforto, atividades que me proporcionem energia, coisas que me preencham e façam esse vazio que eu sinto há tanto tempo sumir.
É muito fácil culpar as outras pessoas pelas coisas ruins que a gente sente. E tudo bem, às vezes elas realmente poderiam tornar as coisas mais agradaveis. Mas se eu, que sou eu, não ando conseguindo me gostar, por que cargas d'agua alguem faria isso?
Tá na hora de fazer alguma coisa por mim e finalmente, eu consegui enxergar o que tava na minha frente. Eu fico encantada quando eu consigo enxergar aquilo que andava debaixo do meu nariz.

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