quarta-feira, 2 de maio de 2012

sempre preferi as segundas feiras

Quarta feira com cara de segunda, após um feriado meio borocoxo. Os motivos meio não tão importantes assim, mas ainda assim chateadores. Um diazinho de sol pra alegrar o coração, acompanhado de um ventinho cuidadosamente agradável e um quilo de matéria pra estudar tornam tudo um pouquinho mais melancólico. São tempos estranhos, dominados por uma falta de rotina ímpar, quase esquecida. A tristeza foi embora, aquela pior de todas de coração partido. Ficou meio vazio, esporadicamente preenchido por intervenções insuficientes. Sobrecareguei meus dias com muito trabalho, muitos estudos, muita festa, pra propositalmente esquecer as mágoas. Tudo virou uma euforia. Ando relapsa, fazendo mais do que o meu tempo permite e ainda assim, menos do que eu gostaria. Gostaria que o tempo fosse cem por cento preenchido com utilidades. Ou com felicidades, não sei bem. A trilha sonora por aqui é curiosamente Nickelback, e a cabeça não sabe bem pra onde conduz os pensamentos. Talvez na enorme lista de trabalhos a entregar ou quem sabe, na quantidade exorbitante de comunicação organizacional a ser vista. Não ando triste, de verdade, mas ainda não ando feliz. Não sei o que falta pra ficar feliz. Uma ou duas doses de inspiração, um chute na parede que tem me separado das pessoas, um afogamento em todas as encucações que tem passado pela cabeça. Ando preocupada, com medo das pessoas que chegam perto, e o pior, não consigo nem me enganar. É tudo consciente demais. É como se tivesse escrito previamente “vou te fazer mal”, eu nem consigo imaginar que não. Tudo que começa é sempre meio fadado ao fracasso, não que eu tenha exatamente um bom dedo pra algumas escolhas. Mas nem quando tudo parece muito certo, parece certo de verdade. É curioso. Acho que um dia eu fui alguém cheia de expectativas demais, que hoje, tem preferido ter de menos. Quer dizer, eu não ando com expectativa nenhuma em relação a nada. Não consigo nem planejar o que eu vou fazer daqui a duas horas, por isso tudo vai ficando uma bagunça. Eu ando fazendo o que dá pra fazer, e só. Sem grandes preparativos, sem grandes organizações, sem nada. Sem olhar no relógio. Tudo o que vem, é lucro. É uma fase onde o pé se enterrou no chão, cheguei no outro extremo da questão. Um dia já voei demais e vivi de menos. O grande problema é que eu não confio em ninguém, ou em quase ninguém. Não sei nem se eu confio em mim. Se um dia eu tinha definidas as características que me descreviam, hoje eu posso ser absolutamente qualquer coisa. Qualquer coisa, de bom ou de ruim. Eu não tenho tentado nada, tenho só deixado a maré me levar. O mais triste, é que eu sempre preferi as segundas feiras.

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