terça-feira, 20 de março de 2012

e a liberdade?

Toda terça feira eu vou a manicure. Às vezes, muito menos pensando nas unhas e muito mais pensando nas boas conversas que eu tenho por lá. São sempre experiências diferentes, com pessoas muito diferentes de mim. Hoje em especial, foi um dia bem atípico. Uma das meninas começou a me contar que tava ficando com um novo cara. Essa menina, como eu já sabia namora um outro rapaz há três anos. Quando questionei sobre ele, ela respondeu que não terminava com indivíduo por comodidade. Minhas entranhas foram reviradas.
Sabe, eu fujo como diabo foge da cruz de qualquer circunstâcia que de alguma maneira tire minha liberdade. Não consigo nem me imaginar tendo que esconder alguma coisa de alguém. Acho que liberdade é um daqueles bens mais preciosos que a gente tem e que só a gente pode sentir, e ela não pode ser tirada a gente nunca.
Um dia, um grande imbecil disse que relacionamento era sinônimo de aprisionamento e todo mundo acreditou. Que calúnia. Relacionamento devia ser soma, duas pessoas que desejam fazer bem uma a outra. Não diz no contrato que saidas com amigas, jogos de futebol aos domingos, e amigos do sexo oposto devem ser cortados. Não faz o menor sentido.
Parece que a gente vive num mundo de gente insegura. Quando se relacionam, morrem de medo da traição. Quando estão sozinhos, tem medo da solidão. Sabe que que acontece? Essas confusões todas.
Se um individuo é incapaz de conviver com os próprios sentimentos, quem dirá administrar os de outra pessoa. A gente não tem que precisar das pessoas, a gente tem que gostar delas.
Quanto a traição? Eu não sei o que se passa na cabeça dos outros, mas eu imagino, que quando uma pessoa se relaciona comigo, ela o faz porque gosta de mim. Poxa, eu não obrigo ninguém a estar comigo. Se não tá bom, e ela quer um novo relacionamento, é só me contar. E se o medo for me magoar, posso garantir que eu vou sobreviver. E posso inclusive reestabelecer uma relação de amizade.
Eu posso ser complicada, mas esses conceitos são muito certos dentro da minha cabeça. Se relacionar tem que trazer prazer e se não trouxer? Tá na hora de procurar outro parceiro.

Um comentário:

  1. Talvez essa menina esteja insegura em relação ao segundo "ficante" e, na incerteza, melhor ficar com os dois por uns tempos. Assim ela poderá avaliar o que sente realmente por um e por outro.
    Traição é uma palavra muito forte, Marina. Têm casais que vivem anos, décadas juntos e num certo momento da vida, acabam arrumando um caso. É fato! Entendo que na sua cabecinha isso é horrível, insano, hipocrisia. Só que nem sempre é falta de amor que faz um dos parceiros buscar um affair. E mais, não é bem assim terminar um relacionamento de anos. Uma separação envolve, além dos sentimentos, pessoas, filhos, família, bens. Por isso a maioria dos homens casados pulam cerca e as esposas nem imaginam que estejam fazendo isso! É uma necessidade masculina, de macho, de viril, de instinto animal. Às vezes, nossos pais podem estar traindo nossas mães na cara delas e elas não se dão conta disso. E nem toquei na liberdade... mas tem gente que gosta de viver perigosamente. Fazer o quê!

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